Com as malas nas mãos, ele partiu. Pude ouvir o barulho de seus últimos passos na escada, e logo em seguida o bater da porta.
Me retorci em meio as cobertas. Devia correr atrás dele e implorar que ele ficasse somente mais uma noite para conversarmos? Mas então viraria rotina, já não era a primeira vez em que brigávamos.
O deixei partir. O carro cantando os pneus lá fora, então a chuva decidiu cair.
Arrisquei chegar até a janela para ver com meus próprios olhos que ele havia mesmo partido; mas lutei contra mim mesma em vão. Desisti, em meio a lágrimas.
Desisto, falei para mim mesma. Desisto.
Tais palavras falsas, embora reconfortantes. Tão difícil dizê-las ao coração, mas a mente dizia ser real.
Nunca o amei, disse sorrindo.
Levantei aos pulos, fui até o armário, peguei a primeira roupa em que vi.
Caminhei até o banheiro, talvez o lugar mais próximo. No fundo, não queria me ver no espelho, devia estar acaba demais, havia chorado a noite inteira, havia marcas em mim, mas era necessário me encarar de frente, já era hora de tudo aquilo acabar.
Chegando ao espelho, vi uma pessoa diferente, alguém sem coração, uma pessoa que não era eu.
Falsa, inútil; cuspi tais palavras ao espelho. Finge desamor, mas o ama. Sofrerá a vida inteira.
Lágrimas desceram, mas continuei sorrindo.
Alguém ali tomava posse de mim, alguém revoltada, alguém sem amor.
- Amor, sabe o que dele? Acha que amor é isso o que sente? Sofrer? Chorar? Pensar na pessoa e se lamentar por perdê-la? E você!? Você não se ama? Se ame, inútil! Se valorize, se vista, saia, curta, viva. Como quer amar alguém se você mesma não se ama? E depois vem falar que eu não tenho coração; você que se auto-machuca, se despreza e não se ama. Se ele te amasse como ele se ama, passaria a noite e então vocês conversariam. Mas é necessário em primeiro lugar o amor próprio, e ele se ama mais que tudo para aceitar as bobagens que um dia você aceitou vindas dele. Já disse, sorria.
Quem era aquela? Mas ela tinha razão, devia me amar, me fazer feliz primeiramente, para depois fazê-lo. Como posso amar alguém se não me amo? Como posso fazer alguém feliz me machucando?
Porque o único amor que existe mesmo, é o amor próprio, pois você nunca vai abandonar você. Pode pensar em sumir, morrer, mas abandonar... nunca!
Me retorci em meio as cobertas. Devia correr atrás dele e implorar que ele ficasse somente mais uma noite para conversarmos? Mas então viraria rotina, já não era a primeira vez em que brigávamos.
O deixei partir. O carro cantando os pneus lá fora, então a chuva decidiu cair.
Arrisquei chegar até a janela para ver com meus próprios olhos que ele havia mesmo partido; mas lutei contra mim mesma em vão. Desisti, em meio a lágrimas.
Desisto, falei para mim mesma. Desisto.
Tais palavras falsas, embora reconfortantes. Tão difícil dizê-las ao coração, mas a mente dizia ser real.
Nunca o amei, disse sorrindo.
Levantei aos pulos, fui até o armário, peguei a primeira roupa em que vi.
Caminhei até o banheiro, talvez o lugar mais próximo. No fundo, não queria me ver no espelho, devia estar acaba demais, havia chorado a noite inteira, havia marcas em mim, mas era necessário me encarar de frente, já era hora de tudo aquilo acabar.
Chegando ao espelho, vi uma pessoa diferente, alguém sem coração, uma pessoa que não era eu.
Falsa, inútil; cuspi tais palavras ao espelho. Finge desamor, mas o ama. Sofrerá a vida inteira.
Lágrimas desceram, mas continuei sorrindo.
Alguém ali tomava posse de mim, alguém revoltada, alguém sem amor.
- Amor, sabe o que dele? Acha que amor é isso o que sente? Sofrer? Chorar? Pensar na pessoa e se lamentar por perdê-la? E você!? Você não se ama? Se ame, inútil! Se valorize, se vista, saia, curta, viva. Como quer amar alguém se você mesma não se ama? E depois vem falar que eu não tenho coração; você que se auto-machuca, se despreza e não se ama. Se ele te amasse como ele se ama, passaria a noite e então vocês conversariam. Mas é necessário em primeiro lugar o amor próprio, e ele se ama mais que tudo para aceitar as bobagens que um dia você aceitou vindas dele. Já disse, sorria.
Quem era aquela? Mas ela tinha razão, devia me amar, me fazer feliz primeiramente, para depois fazê-lo. Como posso amar alguém se não me amo? Como posso fazer alguém feliz me machucando?
Porque o único amor que existe mesmo, é o amor próprio, pois você nunca vai abandonar você. Pode pensar em sumir, morrer, mas abandonar... nunca!
Viu como estou sem jeito pra escrever? só saem essas coisas inúteis, mas não posso deixar aqui sem postar... Bom, tentei.
Foto inspirada no Natal. Como eu queria que aqui nevasse...
Beeeeeeeeeeijos, boas festas!
Não vejo nada de inútil aqui. Belas palavras! Um feliz ano novo para você também!
ResponderExcluirPreciso se um pouco desse amor.
ResponderExcluirComo eu queria que aqui nevasse +1
ResponderExcluirÉ antes de amarmos alguém temos que nos amar, amor próprio em primeiro lugar!
Beijos
Não vi nada de inutil, o texto ficou muito bom.
ResponderExcluirTambém queria que no nevasse por aqui, seria legal ^^
bjus =*
Quando a gente se ama, a gente consegue amar o outro de forma sincera e pura.
ResponderExcluirFicou lindo o texto!
Adorei como você escreveu.
Me emocionei muito nesse aqui nesse blog, quero agradecer por isso.
Foi um prazer conhecê-la e saber que vou conhecer mais ainda no que ano que virá.
Feliz 2010!
Beijo.
Inuteis nada,eu achei lindissimo o texto,ficou um texto que lembra magia,a magia do natal com um amor que fica=)
ResponderExcluirSaiba que suas palavras foram profundas. Admiro a sua força e corage.E quer saber ? Resolvi dançar.
ResponderExcluirObrigada pela visita.
aprendi aos poucos a me amar primeiramente, demorou mas valeu a pena!
ResponderExcluir...escreva assim mesmo, sem motivo ou causa....escreva pelo simples fato de escrever!
;)
beijos
A partir do momento em que nos amamos conhecemos o amor entre duas pessoas, verdade mais pura que existe, ah o texto não está sem jeito não, deixa de bobagem, feliz 2010.
ResponderExcluir2010 vc tenha muito para comemorar, que seus dias sejam repletos de paz, saúde e realizações de seus sonhos e que seu bloguinho continue bombando =)
ResponderExcluirtudo de melhor para vc sempre.
beijos
Não saiu um texto inútil....e sim, saiu um texto com uma linguagem solta aliada a uma lenidade deliciosa de apreciar cada entrelinha.
ResponderExcluirParabéns.
Estou seguindo o seu blog e ñ deixe de postar, ok? rs =)
Se puder, por favor, faça parte da nossa comunidade -, sim, esta tb é sua já que escreves =)
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=96229629
Incontáveis abraços.