quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Poema da poetisa ao matemático

Amar um matemático,
que problema, que situação!
Aparece-me com incógnitas
equacionando meu coração.

Desafia-me na trigonometria,
mas sou pura poesia
não há em nós compreensão.

Escrevo-te em versos,
reviso a métrica,
mas você crê ser inútil toda esta escansão.

Porque somos esta dicotomia
como céu e inferno,
polinômios e poesia.

Somos dualidade:
razão versus emoção.

Mas porque somos antagônicos,
resiste em nós certa atração.
Feito polo norte e sul
Você o "mundo sensível" e eu o "inteligível" de Platão.
Somos potenciação de base "sentimento"
uma progressão geométrica em ascensão.

Entretanto, peço: não faça contas em minha presença
nosso amor não é um problema,
visto que não tem resolução.

Mas se for para amar a ti, matemático
que eu o ame, então, sem fim
Porque a única coisa que o meu ser sente e,
portanto, compreende, é a imensidão do infinito,
que é exatamente o que sinto.

E por isso não nego, matemático...
a ti, de corpo e alma, me entrego.

23.01.2013

3 comentários:

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