quarta-feira, 5 de junho de 2013

O que não volta...

Queria ser criança outra vez, pra ficar deitada no chão ao lado da janela, iluminada pela luz do sol que transpassava o vitrô. Encostar as costas no chão gelado, tombar a cabeça prum lado e nem notar a hora passar. Os dias passavam mais devagar, naquela época...
Tô com saudade de contar formigas, de assisti-las trabalhar freneticamente pra lá e pra cá. De caçá-las aos palitinhos, numa espécie de teletransporte inocente.
Hoje sou eu quem não para num só lugar. Já são 14h30...
Tô com saudade do meu quintal, do latido da minha pequena, da árvore de acerola e do tempo quentinho que se faz lá.
Pergunto-me quem estará a me observar agora, porque hoje sou formiga em São Paulo, estou sempre pra lá e pra cá. Sem parar.

2 comentários:

  1. Na correria dessa metrópole o difícil é olhar com calma.

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  2. Podemos não voltar para o quintal, mas há sempre um lugar dentro de nós onde podemos descansar.

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