sábado, 7 de novembro de 2009

Um erro talvez

Ela caminhou dois passos ou mais, até poder se apoiar em algo. Avistou uma poltrona não muito longe, chegou até ela e sentou-se.
Chorou ali, quietinha, engolindo os prantos e algumas vezes até soluçando.
Limpou algumas lágrimas, outras insistiram em cair em sua boca. Elas a engoliu, e sentiu aquele gosto salgado, amargo, tão sem doce, amor; era a tristeza, disso ela sabia.
Viu também, depois de muito pranto, um telefone na mesinha, alongou os braços para pegá-lo, mas sua força falhou na metade do caminho. Era a fraqueza, a desilusão se assumindo. Seus braços caíram na poltrona novamente, e ela pousou os olhos no telefone dizendo a si mesma:
Era tudo bobagem minha, nada aconteceu de verdade.
Logo ela, cujo acreditou tanto no rapaz, havia sido passada pra trás.
Por que ele?, poderia imaginar qualquer um, menos ele.
Ódio de sua irmã ela não sentia, sabia que desde o inicio ela o admirava, o achava tão belo e interessante; E ela simplesmente os pegou juntos na lavandeiria da casa, estavam se agarrando em meio à amassos. Pareciam tão apaixonados, coisa que com os dois nunca rolou.
E então é assim, destino?, tu me colocas uma pessoa no meu caminho, e então descubro que ela foi feita para minha irmã, não eu? Isso é muito desapontador, daria minha vida por ele, e agora o vejo dando a dele pra ela.
E durante anos foi assim, ela o teve que imaginar com ele, mesmo sabendo que esses tais dias nunca foram dela, e sim de sua irmã, cujo agora ele amava tanto.
Tão duro ter que ver os dois se perdendo pelos cantos, e eu aqui o amando tanto. Ah coração, tu só me trás desilusões, coração.
-
Meio desapontador o coração, não é mesmo? O meu tem se comportado bem, culpa é mesmo do destino, que cada dia que passa o coloca tão mais distante de mim...
Meu beijo.

3 comentários:

  1. aaah, teu texto tocou fundo,
    sério, me identifiquei muito.

    gostei daqui, vou seguir e voltarei sempre ;*

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  2. Ah, adorei a estorinha, que de estorinha não tem muita coisa.
    Quantos casos desses soubemos?
    Tantos, né?
    Enfim, a verdade é que a gente não manda no coração e acaba ferindo que nos ama e nós não correspodemos.
    É triste mesmo essa desconexão de paixão.
    Mas, no fim das contas, aprendemos muito com essas paixões não correspondidas, com as traições, com as pedras no caminho.
    No fim, vale a pena tudo. Acredito nisso!

    Beijo.

    P.s: HUAHAUSHAS.
    Ah, tipo, eu gosto de criticar, sim. Mas, claro, quando tenho uma base. E eu, quase sempre, tenho. HUASHSUHASH.
    Adoro mesmo! Acertou nesse ponto, hein?
    E eu importante? O que é isso? Pobre Erica, huashasuhas.
    ;* Té mais.

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  3. "e eu aqui o amando tanto." Cansei disso. Amei

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