domingo, 20 de fevereiro de 2011

Não foi suficiente


Eu gosto de sinceridade; não me venha com rosas, eu as jogarei no lixo assim que tu virares as costas. As flores são ternas, elas murcham, assim como acontecerá conosco daqui a um tempo; mas a gente fantasia, amor, a gente se chama de vida, a gente se deita na cama, na grama e fica olhando o luar. Mas assim como as flores que murcham, um dia essa canção arranhará meus ouvidos. Tua voz, teu cheiro, teu beijo... Amargarão meu dia. Então acordarei pensando o porquê tudo não pode voltar. Porquê não pode ser tão gostoso como era antes. Sentir o desejo, as borboletas - que já voaram - em minha barriga. Fico me perguntando, vida, se jogo ou não as flores no lixo, se vou atrás das borboletas ou se desfecho a canção.


[Gabriela Marques]


"...e se pensar, a gente já queria tudo isso desde o inicio." Dois - Tiê

9 comentários:

  1. Prefiro uma sinceridade que machuque à mentira que abra um sorriso breve.

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  2. Jogue as flores no lixo, pq não? Mas as flores de plástico não murcharão jamais... Vá atrás das borboletas, cante e seja sincera... pq não?
    Bjs*

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  3. É esse post veio meio com gosto de uma canção que amo do Joy Division chamada love will tear us apart que diz o seguinte:

    "Você grita durante seu sono,
    todos os meus fracassos expostos?
    Obtém um gosto em minha boca
    como o desespero toma conta.
    Por que é algo tão bom
    simplesmente não pode funcionar mais?"

    Sinceramente é doloroso ver que os caminhos já não são mais os mesmos e que o que resta é cada um ir pro seu lado.

    Seu post é maravilhoso é doce

    Abraços

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  4. É estranho ver como alguns relacionamentos se desgastam e murcham como as flores, porém se formos como flores de plástico com certeza o relacionamento irá durar mais.
    Beijos

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  5. Só digo uma coisa: Uma vez que escolher ir atrás das borboletas, é bom se acostumar a persegui-las eternamente, pois elas nunca ficam por muito tempo...

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  6. primeira vez que visito o seu blog e adorei o seu jeito de escrever.. sinceramente rsrsrs..mas sobre o texto, acho que para sermos sinceros com nós mesmos devemos seguir nossos sonhos e não nos iludirmos que estamos sempre esperando um dia para fazer... pois esse um dia que esperamos é um codinome para o nunca... ou seja temos nossos sonhos, mas apenas fingimos correr atrás deles, quando na verdade os deixamos esperando para sempre, simplesmente por termos medo de experimentar as difículdades que nos ligam aos nossos sonhos.
    obrigado e parabéns pelo blog, muito lindo mesmo, você tem um enorme talento, sei que não sou ninguém além de um novo adimirador do seu trabalho, mas de muitas coisas, de muitas pessoas que já li... você tem um toque especial... parebéns ;)

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  7. Nesse caso Desfecha a canção,porque canções tem que ter um final e se canta até o meio.
    Cheguei a conclusão que se sofre hoje amanhã tá tudo bem,e o que se sente hoje amanhã talvez nem exista!
    Aquela frase tá virando clichê já "o fim é inevitável" mas vejo um final sendo agora um novo começo Gabs,pense assim também
    Beijo Gabs
    te adoro (;

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  8. Sabe, Gabi, há uns dois ou três meses passei por um dilema parecido. E consegui aprender que o amor que morre não é amor. Acho que você não entendeu, né? Quis dizer que um amor quando é de verdade, não passa, não falece. Talvez se esconda ou se guarde. Mas um amor não deve causar dor.

    Aprendi a fugir desse amores incertos. Essa dúvida toda não faz bem pra gente. E se fosse amor sincero, não era nem pra ela existir.
    Mas siga seu coração, sempre.

    Amei a citação da Tiê!

    Um beijo pr'ocê.

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  9. Hoje vou fazer um comentário curto, que é pra não "estragar" a ideia que eu tive ao ler seu texto: não jogue as flores no lixo, pois será através delas que as borboletas virão até você.

    Um abraço, Gabriela. ;)

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