quarta-feira, 21 de julho de 2010

Despedida XIII

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Parte XIII


Você devia parar de beber.
Fora às últimas palavras de Caio antes de cruzarmos a avenida.
- Você está falando o quê? Bebeu mais que eu.
Ri sem pauta. Àquela hora, tudo me fazia graça.
- Veja só, rindo sem motivo. Estais bêbada, Lívia.
- Não. Não estou. E posso provar! disse num tom desafiador.
Comecei então a andar à beira da calçada, tentando seguir sem cair. E consegui.
Nas mãos ainda restava uma garrafa cheia de Vodka, única coisa que bebemos desde o decorrer da festa.
Havíamos saído da festa minutos antes. Eu acho. Já não sabia quanto tempo fazia. Ah... Lembro-me apenas da avenida, antes disso, nada mais. O que não importava tanto. Já me perdia nas contas... Quantas nós havíamos tomado?! Mas isso também não importava.

Chegamos na república ainda de pé, sem cambalear. Caio estava bem melhor que eu, isso eu não posso negar.
As pessoas dizem que não lembramos de exatamente nada do que fizemos quando estávamos bêbados, mas isso é pura mentira. Lembramos sim. Talvez não exatamente tudo em detalhes; mas disso eu nunca saberei. Creio que tudo seja o que eu me lembro. Mas Caio também não poderá se lembrar também, nós estávamos completamente insanos.
Mas dizer que não se lembra, às vezes é uma forma de não nos sentirmos tão culpados.
Sinto-me culpada agora; pois a coisa que eu mais queria fazer, acabou acontecendo num momento em que eu estava fora de mim, sem autocontrole. Talvez seja apenas por isso que ela tenha acontecido.
Eu nunca tinha bebido tanto em minha vida. E pela primeira vez poderia dizer que não o fiz para afogar mágoas; acabou meio que se tornando diversão beber mais um e depois dois, três copos. Fora como se apostássemos quem bebia mais.

Caio mostrou-me seu quarto, - já que estávamos em seu andar - o que não fora uma boa ideia, visto no estado que estávamos, não foi preciso muito para que Caio me levasse para cama.

imagem do filme The Notebook
(Continua...)

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